Deputada pressiona comissão da Câmara a ouvir hacker Walter Delgatti antes de decidir sobre cassação e diz que acusações são parte de campanha de ataque político

Em 2 de julho de 2025, a defesa da deputada Carla Zambelli (PL‑SP) solicitou à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara a oitiva do hacker Walter Delgatti antes de qualquer decisão sobre a cassação de seu mandato. A parlamentar rejeita as acusações e afirma que Delgatti é “mentiroso contumaz”, incapaz de produzir provas confiáveis.


Defesa contesta credibilidade do delator

O advogado de Zambelli destacou que o hacker já mudou seu depoimento diversas vezes, é classificado pela Polícia Federal como “mitômano” e, portanto, não merece confiança. A deputada afirma que as acusações são baseadas em narrativas fracas e politically motivated — e escolhe confrontar quem as faz diante da CCJ.


Reclamação de perseguição política

Zambelli alega ser alvo de perseguição política, motivada por sua visibilidade e influência. Em coletiva, disse que acusações refletem um interesse em destrui-la politicamente e afirmou que está sendo processada sem chance de defesa adequada — uma retaliação institucional, segundo ela.


Estratégia parlamentar

O pedido de ouvir Delgatti antes da CCJ deliberar é uma estratégia para adiar eventual cassação, criando expectativa de que a comissão reavalie provas e questionamentos. O PL tem defendido que sua parlamentar “não foi abandonada” e que mobilizará apoio para sua manutenção no cargo.


Por que isso importa

  1. Credibilidade dos delatores: contestar a confiança do hacker é forma de minar a base das acusações contra a deputada.
  2. Precedente legal: a oitiva de testemunhas-chaves antes da decisão pode ser exigência constitucional, protegendo o direito de defesa.
  3. Disputa institucional: transforma processo de cassação em palco político, onde narrativa de perseguição pode angariar apoio e empatia na base e na opinião pública.

Conclusão

Ao desafiar a validade das acusações e buscar acareação com Delgatti na CCJ, Zambelli aposta num roteiro judicial e midiático: deslegitimar o acusador, reforçar a defesa institucional e ganhar tempo no processo de cassação. O rumo da comissão será decisivo — e revela como casos judiciais se entrelaçam com disputa política na Câmara.


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1 comentário em “Zambelli questiona credibilidade do hacker e se diz vítima de perseguição política

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