Defesa de Zambelli vai alegar “diversas disfunções psicológicas” para retardar extradição
Advogado indica que a parlamentar tem fibromialgia rara e desafios emocionais — estratégia busca converter o processo em paliativo de saúde e retardar retorno ao Brasil em regime fechado.

A defesa de Carla Zambelli informou que pretende levar à justiça italiana informações sobre “diversas disfunções psicológicas” da deputada — entre elas, um tipo raro de fibromialgia — como argumento para postergar sua extradição ou garantir prisão domiciliar na Itália. O objetivo é usar a condição de saúde como escudo intermediário no processo penal.
Segundo a Folha de S.Paulo, a lista inclui ainda a fibromialgia rara e distúrbios emocionais, ressaltando o caráter clínico do pedido.
Em julho, a defesa já havia incorporado à argumentação judicial que Zambelli sofre de comorbidades e enfrenta falta de acesso aos medicamentos de uso contínuo na prisão italiana. A justificativa era dupla: demonstrar fragilidade física e emocional e propor alternativa menos severa ao cárcere tradicional.
O recurso será apresentado em audiência na próxima semana na Itália, durante o trâmite de extradição. A tática é recorrente: transformar problemas de saúde em munição legal para retardar ou mitigar consequências judiciais — em vez de enfrentar o mérito da condenação. Essa resistência institucional expõe uma tática de prolongamento de impunidade mais do que preocupação genuína com o bem-estar da parlamentar.
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