Presidente do PL desdenha da carta encontrada pela PF, reduz o plano de fuga à travessia de um rio e dá mais uma demonstração do escárnio vassalocrata.

Valdemar Costa Neto assumiu o tom de deboche que só o Centrão sabe dar. Ao participar de evento com empresários no Rio de Janeiro, o presidente do PL quis transformar uma carta séria — encontrada pela PF no celular de Jair Bolsonaro — em piada de esquina: “não precisa pedir asilo, atravessa um rio e está na Argentina”. Um escárnio explícito diante de evidências graves de plano de fuga e violação direta das medidas cautelares estabelecidas pelo STF.

O documento em questão foi anexado ao relatório da Polícia Federal como um dos indícios de que Bolsonaro tramava sua saída do país enquanto era alvo de investigação pelo inquérito do golpe. Mesmo proibido de deixar o Brasil, a tal carta surgiu como lápis e papel: sem assinatura, mas reveladora. A resposta de Valdemar, debochada, ecoa como o grito de quem trata a justiça como piada.

Não bastasse isso, o cacique do PL ainda minimizou o peso das mensagens vazadas entre pai e filho Bolsonaro — que registram insultos e tensão familiar — como meros mal-entendidos, justificando com falso sentimentalismo. E tentou emplacar uma narrativa de humilhação: que Bolsonaro e o partido estariam sendo alvo de perseguição “que destrói o presidente pessoalmente”.

A cena seguiu com apoio às sanções dos EUA contra autoridades brasileiras, como se o único inimigo fosse Brasília. E finalizou com esperança de uma candidatura em 2026: Valdemar aposta que Bolsonaro ainda pode ser candidato, enquanto a plateia sorri cúmplice.

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