UnionPay chega ao Brasil e rompe hegemonia dos cartões americanos
Clube chinês de pagamentos invade o mercado nacional e fortalece soberania financeira contra Trump

A gigante chinesa UnionPay, maior bandeira de cartões do mundo com cerca de 40% do mercado global, está desembarcando no Brasil em parceria com fintech local. A ação representa um passo firme na construção da soberania monetária nacional e um contraponto ao oligopólio formado por Visa e Mastercard, marcas americanas que juntos faturam bilhões anualmente no país.
Integrada ao sistema chinês CIPS — alternativa ao SWIFT, dominado pelos EUA — a UnionPay permitirá transferências internacionais que não dependem do dólar, reduzindo vulnerabilidades estratégicas do Brasil diante de sanções e retaliações econômicas vindas de Washington.
Mais do que oferecer débito (já disponível) e crédito (previsto para o final do ano), a iniciativa inclui um componente social progressista: parte da receita das transações será destinada a movimentos sociais, fortalecendo laços entre inclusão financeira e justiça social. Ao se conectar ao Pix, que já garantiu acesso bancário para milhões, a chegada da UnionPay amplia o campo da autonomia financeira popular.
Em um momento em que decisões de governos neoliberais, como o de Trump, apostam em tarifações contra o Brasil e tentam recuar nas moedas digitais públicas, a entrada da UnionPay reforça uma narrativa de resistência: é possível construir um sistema robusto, descentralizado e alinhado aos interesses da maioria — não apenas das corporações globalizadas.