Governo Trump avalia penalizar Moraes, Barroso e Gilmar Mendes por suposta repressão política e postura autoritária definida como ameaça à liberdade.

Fontes próximas à Casa Branca indicam que o presidente Donald Trump está considerando a aplicação da Lei Magnitsky Global — mecanismo de sanções que permite congelamento de bens e proibição de entrada nos EUA — contra três ministros do Supremo Tribunal Federal: Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes.

As medidas já incluem a revogação de vistos dos magistrados, considerada apenas o primeiro passo da ofensiva. O governo americano planeja impor restrições financeiras e de mobilidade a esses ministros, acusando-os de violar direitos humanos ao silenciar opositores e perseguir aliados de Bolsonaro. Moraes seria o alvo principal da manobra inicial, enquanto Barroso e Mendes entrariam nas sanções em seguida para sondar reações.

A iniciativa tem forte influência de Eduardo Bolsonaro, que tem articulado diretamente com autoridades dos EUA e pressionado pela aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes. Bolsonaro busca enquadrar o STF como ator de repressão política e interferência institucional.

Reação brasileira

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva reagiu com veemência: o presidente defendeu a independência do Judiciário e classificou as ameaças como inaceitável interferência externa. O chanceler Marcelo Ebrard enfatizou que o Brasil possui instituições e garantias democráticas sólidas, sem espaço para chantagens políticas vindas de Washington.

O STF, por sua vez, reforça que Moraes atua dentro de sua competência jurídica e afirma que as pressões externas não abalarão sua atuação institucional. A escalada das tensões entre os poderes fortalece o debate nacional sobre autonomia e soberania frente ao imperialismo jurídico dos EUA.

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