Diplomata afirma que Brasil vai resistir a manobras e enfatiza pautas concretas como comércio e investimentos

O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, declarou que o governo Lula está ciente dos riscos que um eventual encontro com Donald Trump representa — mas deixou claro: “eles não enganam Lula”.

Em entrevista ao UOL, Amorim disse que ainda não há confirmação sobre o formato do encontro, mas ressaltou que temas como investimentos e comércio bilateral devem aparecer na pauta inicial. Ele avaliou o gesto de aproximação anunciado por Trump durante a Assembleia Geral da ONU como “desejo de distensão” após relações marcadas por cartas e tensão.

Amorim ressaltou que “quando uma conversa começa, tudo já muda de figura” — indicando que o simples fato de abrir diálogo já representa deslocamentos de poder simbólico. Ele afirmou que o Brasil não vai “dar nada de graça” e que o país pressionará pela exigência de processamento local em eventuais acordos de investimento.

O diplomata também comentou o processo que o Brasil move contra os EUA na OMC. Ele disse não ver motivo imediato para retiro, mas deixou a porta aberta para negociações: “se eles disserem que, para resolver um tal ponto, esse processo deve ser retirado, não sei”.

Fonte: DCM

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