Desdobramentos militares geram tensão regional e reacendem narrativa de agressão imperialista americana.

Fontes internacionais reportam que os Estados Unidos estariam posicionando cerca de 10 mil tropas na região do Caribe, com vistas a uma possível intervenção na Venezuela — movimento que acendeu um grande alarme em governos latino-americanos e no próprio regime de Nicolás Maduro.

A mobilização militar se insere no contexto de crescente escalada agressiva de Trump contra Caracas. Nas últimas semanas, Washington já autorizou operações encobertas da CIA e intensificou ataques marítimos contra embarcações venezuelanas acusadas de tráfico de drogas. Segundo o diário La Sexta, o desdobramento militar de 10 mil soldados seria parte de uma nova fase de pressão sobre Maduro, abrindo caminho para ações por terra.

A resposta venezuelana foi rápida. Maduro classificou a movimentação como “provocação imperialista” e ordenou mobilização das Forças Armadas, milícias populares e da chamada Milícia Bolivariana. A Venezuela também pediu uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU, denunciando risco de ataque armado externo iminente.

Líderes regionais expressaram preocupação. Vários governos latino-americanos veem a escalada dos EUA como uma estratégia de coerção hegemônica, capaz de desequilibrar a estabilidade política no continente. A retórica de “guerra ao narcotráfico”, usada por Washington como justificativa, é vista por críticos como pretexto para confrontos geopolíticos disfarçados.

A América Latina atravessa um momento de alerta máximo: uma intervenção direta — mesmo parcial — dos EUA contra a Venezuela seria uma ruptura grave da ordem regional. O que está por trás dessa mobilização militar? E qual será o papel dos países do Sul Global diante desse choque entre potências?

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