Casa Branca avalia ampliar sanções a dois ministros do STF e ao procurador-geral por suposta conivência com decisões que violam direitos humanos

O governo dos Estados Unidos sinaliza que, além do ministro Alexandre de Moraes já sancionado sob a Lei Global Magnitsky, novos alvos da medida poderão incluir os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, assim como o procurador-geral da República, Paulo Gonet. A decisão de punir Moraes motivou uma análise interna da Casa Branca sobre a atuação de outros magistrados e autoridades brasileiras em decisões consideradas violadoras de direitos humanos e abuso de poder.

No radar dos EUA, Barroso aparece como responsável indireto por respaldar ações de Moraes, dado seu papel à frente da presidência do STF, enquanto Gilmar Mendes é apontado como influenciador das decisões do tribunal, por sua condição de decano da Corte. Já Paulo Gonet, segundo fontes norte-americanas, teria contribuído com manifestações da PGR que serviram de apoio jurídico às iniciativas do ministro sancionado.

Ainda não há formalização das sanções adicionais. O governo americano pretende observar como será a reação institucional do STF à sanção contra Moraes antes de decidir os próximos passos. Caso os demais ministros continuem a apoiar decisões similares, a lista pode ser ampliada em breve.

Enquanto isso, analistas e juristas alertam para o impacto simbólico e jurídico do movimento norte-americano. A inclusão de magistrados brasileiros na lista da Magnitsky representa um confronto direto à soberania do Judiciário nacional e pode gerar retaliações diplomáticas e comerciais entre os dois países.

Para o governo brasileiro, a pressão externa intensifica o debate sobre independência do Estado e limitações ao ativismo judicial. A escalada das medidas, que inclui revogação de vistos, tarifas comerciais e sanções financeiras, reforça a percepção de um escopo mais amplo de conflito institucional.

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