Trump afirma que Hamas “quer morrer” e ignora reconhecimento da Palestina pela França
Declarações devastadoras expõem visão belicista enquanto Macron pressiona por paz

Donald Trump endureceu ainda mais seu tom nesta sexta-feira (25 de julho de 2025), afirmando que o Hamas “não quis negociar” e que o grupo “quer morrer”, ao justificar o colapso das negociações de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Para Trump, esse grupo “terrorista” mantinha os reféns como moeda de negociação e rejeitava qualquer acordo, tornando inviáveis os esforços de trégua.
O presidente americano endossou a continuação da ofensiva militar israelense, afirmando: “é preciso terminar o trabalho” e que o grupo será “caçado” caso não se rend. A fala reforça a posição dura de Washington frente ao impasse humanitário em Gaza, com relatos de fome generalizada e milhares de vítimas civis.
Em seguida, Trump desdenhou da decisão diplomática da França de reconhecer o Estado da Palestina, prevista para a Assembleia Geral da ONU em setembro: “o que ele diz não importa… não tem peso algum”, apesar de declarar que Macron é “um cara legal”. A ação de Paris busca marcar uma guinada simbólica e pressionar aliados europeus a acompanharem a iniciativa, enquanto os EUA e Israel rejeitam a chamada como propaganda favorável ao Hamas.
O movimento diplomático francês ocorre exatamente no momento em que Reino Unido, Alemanha e Canadá exigem um fim imediato à crise humanitária em Gaza, defesa de um cessar-fogo e suspensão das restrições a ajuda humanitária.
Trump despeja ataques verbais e ignora gestos de paz europeus. Mas a diplomacia se fortalece. Macron pressiona por solução política — e desafia o alinhamento inflexível dos EUA com Tel Aviv. O mundo observa: quem defende a paz e quem alimenta a guerra?