Trump fortalece o crime organizado ao facilitar tráfico e lavagem de dinheiro
Ao desmontar regulações bancárias, enfraquecer o DEA e sabotar acordos multilaterais, Trump abriu caminho para cartéis e máfias lavarem bilhões com proteção institucional.

Quando Donald Trump posa de “xerife do Ocidente” e promete ordem contra o caos, a realidade grita o oposto: seu governo não apenas afrouxou o combate às drogas e ao crime financeiro como alimentou as veias do crime organizado com oxigênio estatal e blindagem legal.
Sim, é isso mesmo: Trump fortalece o crime organizado — não só por omissão, mas por ação deliberada. Enquanto inflava o discurso moralista contra imigrantes e traficantes, internamente desmontava o aparato regulador que freava a lavagem de dinheiro, os paraísos fiscais e o tráfico transnacional.
O desmonte do DEA e a blindagem dos bancos
Em primeiro lugar, Trump promoveu um corte brutal de recursos na Drug Enforcement Administration (DEA), justamente no momento em que os cartéis se sofisticavam com novas rotas e tecnologias. Agentes aposentados do DEA denunciaram à imprensa que operações estratégicas contra o narcotráfico foram paralisadas ou engavetadas por “prioridades políticas” da Casa Branca. Resultado? Cocaína, fentanil e heroína inundaram os Estados Unidos — e também passaram a ser reexportadas para o Sul Global.
Por outro lado, o republicano sabotou mecanismos criados após a crise de 2008 para rastrear transações suspeitas em bancos. A revogação parcial da Dodd-Frank Act, feita sob seu mandato, abriu espaço para grandes instituições financeiras esconderem movimentações bilionárias ligadas a corrupção, tráfico humano, armas e drogas.
Trump fortalece o crime organizado ao garantir a esses fluxos ilegais a aparência de legalidade — e proteção judicial.
Lavagem legalizada: da Trump Tower ao Deutsche Bank
A ironia é grotesca: enquanto Trump acusava o México de “exportar criminosos”, seus empreendimentos imobiliários lavavam dinheiro sujo de oligarcas russos, mafiosos do Leste Europeu e operadores do narcotráfico. A própria Trump Tower foi citada em investigações internacionais como destino de recursos de origem duvidosa.
O Deutsche Bank, seu principal financiador pessoal e empresarial, foi multado em bilhões por facilitar operações de lavagem envolvendo cleptocracias e máfias — muitas delas com conexões diretas a clientes do trumpismo.
Ou seja: o ex-presidente fazia vista grossa — ou, pior, atuava como engrenagem discreta na máquina do crime econômico global.
A sabotagem dos acordos multilaterais
Acresce que Trump retirou os EUA de acordos internacionais cruciais, como tratados de cooperação antidrogas com países andinos e mecanismos de rastreamento financeiro na ONU. Com isso, criou brechas para que cartéis transnacionais operassem fora do radar — e, pior, com proteção legal em solo norte-americano.
Ao mesmo tempo, sua política externa baseada em sanções unilaterais e chantagens econômicas empurrou países como Venezuela, Irã e até aliados históricos a buscarem rotas alternativas de financiamento — algumas delas controladas por organizações criminosas.
Trump dizia combater o “globalismo”. Na prática, tornou-se o maior aliado da globalização do crime.
É preciso romper com o silêncio cúmplice
Enquanto parte da mídia americana finge que o problema está em “governos socialistas latino-americanos”, a verdade é outra: os maiores lavadores de dinheiro do planeta operam nos bancos de Wall Street, com assessoria jurídica em Nova York e blindagem política em Washington.
E, sob o governo Trump, esse sistema se fortaleceu. É urgente dizer com todas as letras: Trump fortalece o crime organizado, alimentando os mesmos cartéis e redes de corrupção que ele promete destruir.
Denunciar isso não é apenas um ato de justiça — é um passo essencial para reconstruir um mundo onde as leis não sejam feitas sob medida para mafiosos de gravata e magnatas blindados.
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