Ex‑embaixador Roberto Abdenur alerta: agressão econômica inédita com tarifa de 50% exige reação contundente do Brasil — em defesa da soberania e do Sistema Elétrico Brasileiro.

Trump inimigo econômico do Brasil: tarifa‐choque e guerra comercial à vista

Em primeiro lugar, é preciso reconhecer: nunca foi tão clara a virada. Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, transformando os Estados Unidos em inimigo econômico do Brasil, nas palavras do ex‑embaixador Roberto Abdenur. Com uma diplomacia de 201 anos fragilizada de uma só tacada, estamos diante de um choque unilateral sem precedentes.

Por outro lado, Abdenur alertou para o risco iminente: essa agressão protecionista, disfarçada de patriotismo eleitoral, exige um tsunami unificado da sociedade civil — do agro à indústria, do comércio ao Direito — para responder à altura.


1. ⚠ Agressão planejada e sem limites

O ex‑embaixador traça o perfil de um Trump “completamente descontrolado, sem limites” e caracteriza a medida como “brutalidade diplomática”. A referência à “caça às bruxas” no STF contra Jair Bolsonaro revela claramente que a motivação é política e ideológica — não econômica.


2. Sistema multilateral ameaçado

Além de paralisar exportações essenciais — como commodities — a medida quebra confiança, isola o Brasil e reforça a lógica unilateral da política “America First”. Essa escalada abre brecha para retaliações diretas, inclusive por vias legais e institucionais internacionais.


3. O tsunami proposto

Abdenur propõe uma mobilização nacional em ondas intensas:

  • Reação diplomática junto ao Partido Democrata.
  • Aplicação imediata da Lei da Reciprocidade Econômica.
  • Pressão unificada de setores produtivos e juristas, mobilizando a opinião pública.

4. O plano Lula‑Itamaraty

O governo brasileiro já reagiu formalmente: a carta foi devolvida por ser considerada “ofensiva”, o embaixador foi reconvocado, e a Lei da Reciprocidade foi ativada como instrumento de resposta institucional.


Por que isso é gravíssimo?

  • Empregos e renda: agronegócio e indústria correm risco com perda de competitividade nos EUA.
  • Diversificação em risco: o Brasil se torna vulnerável a sanções seletivas por suas alianças internacionais.
  • Soberania industrial: a dependência dos EUA o transforma em moeda de troca eleitoral, ameaçando nossa autonomia.

✅ Caminhos urgentes para o Brasil

  1. Mobilização ampla: integrar sociedade civil, setores produtivos, academia e canais diplomáticos.
  2. Diplomacia proativa: diálogo com membros do Partido Democrata e instâncias jurídicas americanas.
  3. Reciprocidade imediata: estabelecimento de contramedidas tarifárias proporcionais e legais.
  4. Diversificação comercial: fortalecer acordos com União Europeia, Ásia, África e BRICS — reduzindo vulnerabilidade.

Conclusão

A frase-chave deste momento é “EUA inimigo econômico do Brasil”. A sobretaxa de 50% marca uma ruptura unilateral e hostil. Não se trata apenas de um conflito comercial; é uma batalha geopolítica pelo direito de produzir, exportar e definir o futuro soberano do país.


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