Ao criar uma janela artificial de exportação até o dia 5, Trump planta o pânico entre os agroexportadores brasileiros e tenta lucrar com a corrida por vendas a qualquer preço. O governo Lula precisa agir já para blindar a economia nacional contra essa armadilha especulativa.

O tarifaço anunciado por Donald Trump não é apenas uma medida protecionista qualquer — é uma jogada calculada para provocar desestabilização no setor agroexportador brasileiro. Com o anúncio de que só aceitará importações isentas de tarifas até o dia 5, Trump criou um clima de urgência artificial, como se fosse uma espécie de “Black Friday às avessas”.

O resultado? O pânico.

Os grandes exportadores de carne, soja e café — justamente os setores mais alinhados ao bolsonarismo e que financiaram tentativas de ruptura democrática — estão agora diante de um dilema: ou vendem tudo até o dia 5, mesmo a preços aviltados, ou ficarão presos a estoques encalhados e tarifas proibitivas. É uma corrida insana que favorece apenas um lado: o comprador americano, que poderá impor preços ridículos diante do desespero de quem teme perder o ciclo de exportação.

Essa tática tem nome: chantagem econômica.

O governo brasileiro precisa agir com firmeza. É hora de:

  1. Atuar diplomaticamente para denunciar essa prática nos fóruns internacionais, como a OMC;
  2. Organizar uma compra governamental estratégica para absorver parte da produção e garantir preço mínimo aos produtores menores e médios;
  3. Fortalecer o mercado interno, incentivando o consumo nacional desses produtos com isenções e subsídios emergenciais;
  4. Acelerar parcerias com países do BRICS e outros blocos, para redirecionar o fluxo de exportações e quebrar a dependência dos EUA;
  5. Expor politicamente a manipulação imperialista de Trump, para mostrar à sociedade brasileira que o alinhamento cego ao bolsonarismo nos deixou vulneráveis a esse tipo de ataque.

O agro que tanto gritou “Fechado com Bolsonaro” agora está prestes a ser engolido pelas garras do trumpismo. É a velha máxima: quem se alia à extrema-direita internacional, cedo ou tarde, vira vítima da própria armadilha.

O Brasil precisa estar acima desses jogos sujos.

É hora de reconstruir nossa soberania econômica com inteligência, união e um governo forte — que proteja a produção nacional e não aceite ser refém dos humores de um bilionário neofascista em campanha eleitoral.

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