Em movimento explosivo, o Donald Trump ordena ao Pentagono retomar imediatamente os testes de armas nucleares — rompendo 33 anos de moratória e ameaçando o equilíbrio geopolítico

O presidente Donald Trump anunciou que deu instrução formal para que os Estados Unidos retomem imediatamente os testes de armas nucleares. Ele justificou a medida lembrando que outros países — em especial a Rússia e a China — estariam avançando em seus programas, e que os EUA devem “testar em pé de igualdade”.
O país não realiza um teste nuclear explosivo desde 1992 — o que torna a decisão uma ruptura explícita de décadas de política de contenção.
A declaração foi feita momentos antes de uma reunião de alto nível com o presidente chinês Xi Jinping, no município de Busan, na Coreia do Sul.
Ainda não está claro se Trump está se referindo a testes de explosão nuclear ou apenas a ensaios de mísseis com ogivas nucleares, nem quais locais seriam usados para tais testes.

O que está em jogo

  • A moratória de testes nucleares dos EUA vigia desde 1992.
  • Trump afirmou que “porque de outros países testando programas, dei instrução ao Departamento de Guerra para iniciar os testes de nossas armas nucleares em pé de igualdade”.
  • O gesto ocorre em meio à rápida expansão do arsenal nuclear chinês e às demonstrações de mísseis russos com capacidades nucleares.
  • A medida coloca sob risco tratados internacionais de controle de armas, colabora para o enfraquecimento de regimes de não-proliferação e poderá provocar resposta imediata de outras potências.

Implicações globais e para o Brasil
Essa decisão representa uma guinada radical no tabuleiro geopolítico. A nova era que se abre implica:

  • Possível disparada de uma nova corrida armamentista entre as grandes potências nucleares.
  • Fragilização de tratados como o Treaty on the Non‑Proliferation of Nuclear Weapons (TNP) e do Comprehensive Nuclear Test Ban Treaty (CTBT), bem como do regime internacional de limitação de armamentos.
  • Para o Brasil e o Sul Global, reforça-se a necessidade de se posicionar como ator soberano: não como colônia-tecnológica de blocos nucleares, mas como protagonista de políticas de paz, desarmamento e tecnologia limpa ligada à justiça social.
  • A militarização explícita do poder estatal dos EUA sinaliza que recursos e atenção podem se deslocar da educação, saúde, ciência — para reforço armamentista e lógica de confrontação.

Crítica política e social
É chocante que, enquanto milhões de pessoas enfrentam fome, crise climática e desigualdade, uma potência anuncia retomar a lógica da bomba atômica como instrumento de poder. O gesto representa não apenas arrogância imperial, mas uma clara afronta à ideia de que o futuro pode ser construído com cooperação, ciência e soberania.
Para nós que defendemos justiça social, igualdade econômica, direitos humanos e defesa do meio ambiente — isso é um retrocesso. Não se trata apenas de números de ogivas ou explosões subterrâneas — trata-se do futuro do planeta, do contrato social e da opção entre sobrevivência humana ou lógica da destruição.

Conclusão
Quando Trump decide resgatar a lógica de “testar para provar força”, ele revive a era da corrida armamentista da Guerra Fria. E Alana — para o Brasil não há neutralidade possível: ou seguimos dependentes, ou assumimos protagonismo. Esse anúncio não é somente simbólico: ele redefine alianças, militariza disputas e abre caminho para instabilidade maior. O Brasil tem que escolher se será refém ou protagonista.

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