Em mais um movimento eleitoreiro e beligerante, Trump mira a Rússia com tarifas de 100% sobre alumínio, aço e fertilizantes, tentando reforçar sua imagem de “homem forte” às custas de uma guerra econômica que pode sair caro — até para os próprios EUA.

Trump anunciou na segunda-feira, 14 de julho de 2025, na Casa Branca, um ultimato de 50 dias para que a Rússia firme um acordo de paz com a Ucrânia. Caso contrário, os EUA aplicarão tarifas de 100% sobre produtos russos, incluindo sanções secundárias que atingiriam nações que continuem realizando comércio com Moscou. Marc Rutte, secretário-geral da OTAN, confirmou também o fornecimento de sistemas de mísseis Patriot à Ucrânia, custeados por aliado.

Comércio de bens entre EUA e Rússia em 2024–2025

FluxoPeríodoValor
Exportações dos EUATotal em 2024US$ 526,1 milhões
Importações dos EUATotal em 2024US$ 3,0 bilhões
Déficit comercialEm 2024US$ 2,5 bilhões
Importações (jan–mai/25)Primeiros 5 meses de 2025US$ 2,1 bilhões
Exportações (jan–mai/25)Primeiros 5 meses de 2025US$ 232 milhões

Principais produtos

  • Importações dos EUA da Rússia (jan–mai/25):
    • Urânio enriquecido: US$ 596 milhões
    • Paládio: US$ 502 milhões
  • Importações dos EUA da Rússia (2024):
    • Fertilizantes: US$ 1,3 bilhão
  • Exportações dos EUA à Rússia (jan–mai/25):
    • Produtos médicos, ópticos e aeronaves: US$ 232 milhões

Apesar de o comércio bilateral ser modesto, ele envolve produtos estratégicos: urânio para energia nuclear, fertilizantes para o agronegócio e paládio para a indústria automotiva. A imposição de tarifas de 100% sobre esses bens pode elevar drasticamente os custos em setores-chave nos EUA, com impactos indiretos no mercado global, incluindo o Brasil.

A efetividade da medida dependerá não apenas do prazo de 50 dias para um acordo de paz, mas também da aprovação de novas sanções pelo Congresso. A sinalização inclui um projeto, o “Sanctioning Russia Act de 2025”, que prevê até 500% de tarifas para países que continuem importando energia e bens russo.


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