Redação

O presidente dos EUA, Donald Trump, disparou uma nova provocação comercial contra a China nesta sexta-feira (10), afirmando que os Estados Unidos “estão calculando um forte aumento nas tarifas sobre as importações chinesas”. Ele também declarou que não vê motivo para se encontrar com o presidente Xi Jinping, mesmo que uma reunião estivesse agendada para acontecer em duas semanas, durante eventos na Coreia do Sul.

Em postagem na plataforma Truth Social, Trump acusou Pequim de enviar cartas globalmente anunciando sua intenção de “impor controles de exportação” sobre matérias-primas estratégicas — especialmente “elementos de produção relacionados às terras raras” — o que, segundo ele, poderia “entupir” mercados e gerar efeitos negativos em escala mundial.

“Essencialmente isso ‘entupiria’ os mercados e tornaria a vida difícil para praticamente todos os países do mundo, especialmente para a China”, disse ele, criticando a estratégia chinesa e afirmando que o impacto será amplo.

Trump também explicou que sua decisão de não dialogar com Xi obedeceria à convicção de que não há motivo para o encontro — uma declaração que reforça o tom de tensão comercial e diplomática entre as duas principais potências econômicas globais.

Especialistas alertam que caso o aumento tarifário se concretize, haveria risco de escalada retaliações chinesas, aumento do custo para consumidores globais e contágio nos mercados emergentes — incluindo o Brasil, que depende de matérias-primas e relações com ambas as potências.

Esse movimento de Trump reforça o caráter intempestivo e punitivo de sua diplomacia comercial — não se trata apenas de competição econômica, mas de guerra simbólica de imposição. É mais um episódio da disputa entre a lógica imperialista estadunidense — que recusa interlocução — e os países que buscam rua dupla na diplomacia global.