Tarcísio propõe “entregar vitória” a Trump em troca de atacar a Rússia — subserviência escancarada sob o preço do tarifaço
Governador de SP sugere romper com parceira nos BRICS para agradar Trump e aliviar sobretaxas americanas: servilismo ideológico exposto em nome do lucro

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), protagonizou nesta segunda-feira (18 de agosto de 2025) um momento de submissão política que ultrapassa o absurdo. Ao discursar em evento da corretora Warren Investimentos, ele sugeriu que o Brasil deveria “entregar uma vitória” a Donald Trump como estratégia para aliviar o tarifaço de 50% imposto pelos EUA contra produtos brasileiros.
A sugestão, por si só, já foi alvo de críticas duras. Mas o ápice foi quando Tarcísio apontou que essa “vitória” poderia incluir a interrupção da compra de diesel da Rússia, que ele classificou como algo “não necessário” — um gesto simbólico de traição à parceira estratégica brasileira no BRICS, em troca de agradar o líder americano.
Ele completou sugerindo ainda que a ampliação dos investimentos de empresas brasileiras nos EUA poderia ser outro “gesto” do Brasil. Segundo ele: “Por que não entregar algumas vitórias?”, numa lógica explícita de subordinação à vaidade de Trump. Os setores atingidos pelo tarifaço, como máquinas, café, proteína animal e suco de laranja, seriam compensados, justificou.
Contexto e crítica
A fala é um exemplo cristalino da “vassalocracia” em ação: colocar os interesses nacionais em segundo plano para favorecer um governante estrangeiro, em nome de uma negociação que já era tóxica e impositiva. Enquanto isso, o Brasil se curva a uma sanção político-comercial que atinge sua economia real, em especial o agronegócio e a indústria paulista.
Esse gesto não é “realismo diplomático”: é a capitulação explícita do Estado perante o poder dos EUA — e um ataque à soberania, disfarçado de pragmatismo mercadológico.