Tarcísio de Freitas adia decisão sobre candidatura à Presidência para fevereiro
Governador de São Paulo sinaliza que só definirá em 2026 se disputará o Planalto ou permanecerá no estado

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comunicou ao bloco político do Centrão que só vai definir em fevereiro de 2026 se lançará sua candidatura à Presidência da República ou se permanecerá à frente do governo paulista.
Ele tem prazo até abril de 2026 para deixar o Palácio dos Bandeirantes caso opte pela disputa ao Planalto.
Aliados do bloco avaliam que o adiamento indica cautela estratégica: a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sendo cuidadosamente monitorada por Tarcísio e seu entorno, que entende que o cenário nacional está inclinado contra o campo vassalocrata do qual ele faria parte.
Além disso, o silêncio do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre seu futuro político e sua indefinição como locomotiva eleitoral afeta diretamente os planos de Tarcísio. Sem um apoio claro ou uma estrutura nacional pronta, entrar na disputa seria arriscar reeleição e base estadual.
O adiamento coloca Tarcísio em um dilema:
- Continuar à frente de São Paulo, acumulando entregas no estado mais rico do país e capital político reforçado.
- Ou entrar agora na corrida presidencial com risco de dispersão de recursos, falta de coesão partidária e competir contra um cenário que favorece o atual governo federal.
A sinalização para fevereiro mostra que ele escolheu ganhar tempo — e ganhar tempo, política de verdade, nem sempre é uma pausa, mas parte da pressão estratégica para forçar melhores condições de entrada.
