Oito militares e um policial federal serão julgados por crimes ligados à tentativa de golpe — novo passo no processo contra o bolsonarismo antidemocrático

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para os dias 11, 12, 18 e 19 de novembro de 2025 o julgamento da ação penal que investiga o núcleo 3 da trama golpista comandada durante o governo de Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada após o relator, ministro Alexandre de Moraes, liberar o processo para julgamento.

Esse núcleo é formado por oito militares do Exército e um policial federal, todos acusados de crimes graves como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado com violência, grave ameaça e degradação de patrimônio protegido.

Entre os réus figuram nomes como o coronel Bernardo Romão Correa Netto, o general Estevam Theóphilo, e oficiais ligados a altos escalões da “célula militar” que conspirou contra as instituições democráticas.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) já manifestou em setembro de 2025 o pedido de condenação dos acusados, alegando que os réus planejaram ações coordenadas para efetivar um golpe institucional durante o mandato de Bolsonaro.

Vale lembrar que esse é apenas um dos núcleos julgados no processo que busca responsabilizar os membros da rede conspiratória bolsonarista. Antes, já houve decisões sobre o núcleo 1 (que inclui Bolsonaro) e outros núcleos estão previstos.

Se confirmado o cronograma, esse julgamento representará mais uma virada no enredo da responsabilização política no Brasil: levar à barra da justiça militares que usaram da estrutura do Estado para atacar a democracia.

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