STF convoca Eduardo e Carluxo como testemunhas no caso do “núcleo 2”
Filhos de Bolsonaro serão ouvidos entre 14 e 21 de julho em fase decisiva do processo
O ministro Alexandre de Moraes determinou que o deputado Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro prestem depoimento como testemunhas no inquérito do “núcleo 2” da suposta tentativa de golpe de Estado. Eles farão parte de uma lista de 118 pessoas convocadas para audiências que ocorrerão por videoconferência entre os dias 14 e 21 de julho.
Quem integra o núcleo
O “núcleo 2” é composto por seis apadrinhados do governo Bolsonaro — incluindo militares da reserva, delegados e ex-assessores. Eles são acusados de arquitetar a chamada “minuta do golpe” e organizar apoio logístico por meio da Polícia Rodoviária Federal. A convocação dos filhos do ex-presidente reforça a amplitude das investigações.
O que está em jogo
- Testemunhas convocadas pela defesa ou acusação podem influenciar o desfecho judicial crucial.
- A presença de nomes da família presidencial aprofunda o cerco sobre as relações entre o governo anterior e o suposto golpe.
- A etapa fecha o ciclo de produção de provas, antecedendo as alegações finais e definindo possíveis responsabilizações.
Como será
As audiências ocorrerão por videoconferência, com condução possibilitada a partir do gabinete do relator. Haverá espaço para perguntas tanto da acusação quanto da defesa. Eduardo e Carluxo deverão detalhar vínculos com o grupo, eventuais trocas de estratégia e comunicação entre instâncias do governo no período investigado.
O que pode acontecer
Se os depoimentos reforçarem indícios de articulação entre o núcleo e interesses políticos, isso poderá estreitar o cerco jurídico ao entorno de Bolsonaro. Mas também dão chance de defesa enfatizar ausência de envolvimento direto em ações golpistas.
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