Primeira Turma forma maioria para manter medidas cautelares por risco de fuga, obstrução da Justiça e tentativa de influência estrangeira

Em sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira, 18 de julho de 2025, os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram pela manutenção das medidas cautelares contra o ex‑presidente Jair Bolsonaro. Entre elas, está o uso obrigatório da tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato com diplomatas e investigados — inclusive o filho Eduardo — além da proibição do uso de redes sociais.

Os ministros enfatizaram que as restrições visam impedir risco concreto de fuga e tentativas de obstrução de investigação, que teriam envolvido articulação ilícita com autoridades estrangeiras — como evidenciado pelo envio de R$ 2 milhões e apoio externo orquestrado nos EUA . Flávio Dino considerou a operação uma reação necessária ao que chamou de “sequestro econômico” promovido pelos EUA, em referência às tarifas de 50% anunciadas por Donald Trump como retaliação política.

Moraes reforçou que “a soberania nacional é a coisa mais bela do mundo” e lamentou tentativas de submeter a Corte brasileira a pressões externas. A decisão segue aberta para o voto de Carmen Lúcia e Luiz Fux, com prazo até segunda-feira, 21 de julho.

Contexto da Operação

  • A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão nesta sexta, 18 de julho de 2025, nos endereços do ex‑presidente.
  • Foram apreendidos US$ 14 mil, R$ 8 mil, materiais digitais e pendrive envolvendo documentos sobre ações contra Moraes nos EUA.
  • Bolsonaro classificou o uso da tornozeleira como “suprema humilhação” e negou qualquer intenção de fuga — alegou que “sair do Brasil é a coisa mais fácil que tem”
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