Redação

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a conta bancária foi bloqueada nesta segunda (4 de agosto) em nome do coronel da reserva Antônio Aginaldo de Oliveira — marido da deputada cassada Carla Zambelli (PL-SP). Ele foi oficialmente incluído no Inquérito das Fake News, instância sigilosa que apura ameaças, desinformação e coação contra integrantes da Justiça e a democracia.

O bloqueio financeiro estende a tática judicial que vinha aplicando sanções contra a cúpula bolsonarista. Aginaldo vinha atuando como assessor e chefia em segurança pública — já ocupou cargos como Comandante da Força Nacional e secretário em Caucaia (CE) —, no entanto, pediu exoneração em maio, após a prisão preventina de Zambelli na Itália.

As medidas atingem recursos financeiros, e configuram tentativa pelo STF de isolar não apenas a deputada licenciada, mas também toda sua estrutura familiar. A ordem judicial não detalha os valores bloqueados — os dados permanecem em caráter confidencial, reforçando a gravidade da investigação.

Desde que foi condenada a dez anos de prisão, cassação de mandato e perda de direitos políticos, Carla Zambelli fugiu do Brasil para a Itália, onde aguarda extradição. A defesa afirma que o bloqueio é arbitrário; mas, para juristas próximos à defesa do Estado Democrático de Direito, as medidas mostram que a lei alcança a esfera familiar do bolsonarismo — sem impunidade.

O episódio deixa claro: quem se movimenta para sabotar a democracia semeia colapso institucional. A Justiça reitera que familiares conseguidos por complexos familiares não são escudo contra responsabilização cível e criminal. Se a estratégia for intimidar juristas, resta saber: será que essa rede ainda desmobiliza pesagens com recursos no próprio sistema financeiro legal?