STF forma maioria de 7 a 2 e condena Carla Zambelli a 5 anos, regime semiaberto e perda de mandato
Com Fachin alinhado ao relator, STF decide por cassação e prisão por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal

Carla Zambelli está com os dias de poder lotados — mas vai cumprir pena. O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta‑feira, 22 de agosto de 2025, uma maioria esmagadora: 7 votos a 2 pela prisão da deputada e a cassação automática do seu mandato. Uma derrota retumbante à política vassalocrata.
O voto decisivo foi dado pelo ministro Edson Fachin, que seguiu à risca o relator Gilmar Mendes. A pena? Cinco anos e três meses de reclusão em regime semiaberto — e 80 dias-multa, unificados conforme os artigos 69 e 72 do Código Penal. Como se isso não bastasse, a deputada ainda perde o mandato automaticamente, independentemente do tempo de pena ou da rejeição da própria Câmara. O porte de arma foi cancelado para sempre e a arma apreendida foi entregue ao Exército.
A maioria foi formada por Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Fachin. Apenas André Mendonça e Nunes Marques divergiram — mas já era tarde demais. A sessão virtual segue até 23h59 de hoje, e o placar já está sacramentado.
O caso remonta a outubro de 2022, em pleno segundo turno da eleição, quando Zambelli sacou uma arma e perseguiu o jornalista Luan Araújo — que apoiava Lula — nas ruas nobres dos Jardins, em SP. A denúncia foi aberta pela Procuradoria-Geral da República e admitida pelo STF em agosto de 2023.
A deputada está presa na Itália, alvo de um pedido de extradição. Este processo soma-se a outra condenação: dez anos de prisão por invasão ao sistema do CNJ, quando um falso mandado contra Alexandre de Moraes foi incluído no sistema.
A advogada da vítima afirma que o voto do relator “reconstitui com precisão a dinâmica da violência sofrida pela vítima”. A defesa de Zambelli, claro, fala em cerceamento de defesa — mas a maioria do STF já decidiu.