Nova geração de IA para gerar vídeos vira hit nos EUA; app já lidera downloads no iOS, mas enfrenta críticas por deepfakes e direitos autorais

A OpenAI acaba de inaugurar Sora 2, a nova geração do seu modelo de vídeo por inteligência artificial, e lançou um aplicativo iOS que já alcançou o primeiro lugar na lista dos apps mais baixados na App Store dos EUA.

O que é o Sora 2?

Sora 2 é uma evolução do modelo original Sora da OpenAI, com melhorias significativas em realismo visual, sincronização de áudio e capacidade de execução de cenas mais complexas.

Com ele, usuários podem:

  • Criar vídeos curtos (cerca de 20 segundos) a partir de prompts de texto.
  • Remixar conteúdos já gerados por outros usuários
  • “Inserir” a si mesmos ou amigos nos vídeos por meio de cameos (após verificação de identidade)
  • Explorar um feed próprio de vídeos gerados (semelhante a redes sociais de vídeo)

Onde está disponível — e quem pode usar

  • O app Sora (versão iOS) está disponível — por enquanto — apenas nos Estados Unidos e Canadá.
  • O acesso ao app está sendo controlado, possivelmente por convites ou cadastramentos restritos
  • Além disso, o modelo Sora 2 estará disponível também via API da OpenAI no futuro.
  • No app, vídeos podem ser até 20 segundos, mantendo qualidade visual e aderência ao que foi pedido no prompt

Por que foi tão rápido?

O aplicativo Sora atingiu o topo de downloads no iOS dos EUA logo nos primeiros dias após seu lançamento. Esse sucesso instantâneo reflete o apetite por ferramentas de criação automatizada de vídeo, especialmente com IA avançada por trás.

A OpenAI também já anunciou estratégias para lidar com direitos autorais: permitirá que detentores de conteúdo controlem o uso de suas obras em vídeos gerados e planeja oferecer opções de monetização para esses criadores.

Riscos, críticas e atenção

Apesar do entusiasmo, surgem alertas fortes:

  • Já foram detectados vídeos com cenas violentas, discursos de ódio e uso indevido de personagens protegidos por direitos autorais. Isso demonstra que os mecanismos de controle (guardrails) ainda não são totalmente eficazes.
  • A política de direitos autorais do Sora passou por revisões — inicialmente funcionava com um modelo de “opt-out” (quem não queria que seu conteúdo aparecesse deveria pedir exclusão), mas agora caminha para um sistema em que os criadores terão controle mais ativo.
  • Especialistas também alertam que ferramentas como Sora aceleram o risco de desinformação, deepfakes e manipulação visual de conteúdos.
  • Muitos vídeos já viralizaram com figuras históricas e celebridades em situações fictícias — o que agrava a fronteira entre real e artificial.
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