Soja brasileira na China cresce, enquanto tarifaço de Trump destrói fazendas nos EUA
O avanço da soja nacional na China contrasta com o desespero dos agricultores americanos, sufocados por tarifas explosivas e políticas protecionistas do governo Trump.

Em 2025, as exportações da soja brasileira na China chegaram a 11,67 milhões de toneladas em um único mês — recorde absoluto. Esse desempenho reflete investimento em tecnologia, logística eficiente e produção em escala, fatores que consolidam o país como maior fornecedor global do grão, especialmente diante do recuo dos EUA.
Enquanto isso, tarifaço de Trump isola agricultores americanos
Por outro lado, o tarifaço de Trump detonou o mercado dos EUA. Com alíquotas de até 145%, ele provocou retaliações chinesas que elevaram tarifas sobre soja a 125%, tornando os produtos americanos praticamente inviáveis na China. Consequentemente, as exportações americanas despencaram — e a China passou a depender quase exclusivamente da soja brasileira, ampliando drasticamente sua fatia de mercado.
Agricultores dos EUA pressionam Trump enquanto enfrentam crise mortal
Portanto, não é surpresa que fazendeiros americanos estejam cada vez mais vulneráveis. Muitos agricultores enfrentam suicídio rural devido à falência em potencial. Os saques de produção caíram, os custos dispararam e o governo responde apenas com subsídios que beneficiam grandes conglomerados — enquanto famílias rurais lutam para sobreviver.
A American Soybean Association chegou a alertar em carta que a China não fez nenhuma compra de safra nova de soja americana para 2025/26 — e isso ocorreu em um contexto em que as tarifas chinesas combinadas chegam a 34%, deixando a soja dos EUA em clara desvantagem.
Impacto estrutural: mercados perdidos, famílias enterradas
Além disso, estudos recomendam atenção: os danos não são temporários. Ao perder mercados integrais na China, os EUA perdem não apenas competitividade, mas também estrutura de produção. A lógica faz retroceder décadas de política agrícola — e favorece um agronegócio estrangeiro forte, mas desconectado das comunidades locais.
O Brasil se beneficia do caos estadunidense
Enquanto isso, o Brasil colhe os frutos da desestabilização americana. A China investe fortemente no agronegócio brasileiro, assegurando contratos de longo prazo e ampliando produtividade. Porém, esse modelo tem preço: o desmatamento vem acelerado e a expansão se dá sobre ecossistemas frágeis, como o Cerrado. Logo, apesar dos ganhos comerciais, a sustentabilidade fica em xeque.
Crítica e conclusão: política que esmagou o campo
Em resumo, a soja brasileira na China se tornou símbolo de soberania nacional e resistência ao imperialismo econômico. Contudo, contrasta tragicamente com o tarifaço de Trump, que desmoronou o sistema agrícola nos EUA, abandonando as pequenas fazendas à própria sorte — enquanto favorecia grandes players e transformava comida em ferramenta geopolítica. Chegou a hora de defender uma política agrícola que priorize o bem-estar dos trabalhadores do campo e a soberania popular, em vez de exportar pressões e devastar a vida rural. Esse é o verdadeiro legado de um Brasil que sabe crescer, mas sabe com quem está crescendo.