Bancos definem roteiro das operações liberadas e bloqueadas após sanções de Trump a Moraes
Bancos brasileiros acatam as sanções de Trump contra Moraes, ferem a soberania nacional e afrontam o STF

As sanções promulgadas por Donald Trump contra o ministro do STF Alexandre de Moraes provocam uma corrida jurídica entre os bancos brasileiros. A partir de hoje, 1º de agosto de 2025, as instituições financeiras já traçam um firme roteiro para definir quais transações seguem autorizadas e quais serão suspensas.
Os bancos estão incertos quanto ao alcance das restrições impulsionadas pela Lei Magnitsky. Em linhas gerais, transações em reais, dentro do Brasil, seguem liberadas. Mas, qualquer operação envolvida no exterior — especialmente câmbio ou uso de serviços vinculados a empresas norte‑americanas como Visa e Mastercard — está sendo bloqueada ou sequer aceita. Houve paralisação imediata de movimentações ligadas a cartões dessas redes internacionais, mesmo que utilizadas por terceiros no Brasil.
Bradesco e outras instituições contam com pareceres de escritórios de advocacia para mapear os riscos. O consenso interno tem sido: o território seguro está restrito às operações em moeda local — tudo mais gera preocupação por ameaças de sanções secundárias dos EUA.
O Banco Central ainda não emitiu diretrizes oficiais. A falta de uma regra clara eleva a cautela dentro do sistema bancário.
No campo político, o Palácio do Planalto reage com indignação. O presidente Lula da Silva classificou as sanções como “interferência inaceitável no Judiciário brasileiro”. A postura reforça a narrativa de que os EUA tentam intimidar a autonomia do STF.
Eduardo Bolsonaro, deputado foragido nos EUA, saudou a medida e afirmou que o “custo de apoiar Moraes será insuportável”. A declaração reforça a tônica bolsonarista de isolamento político do STF.
O próprio ministro Moraes tratou a sanção com aparente desdém. Em evento público, exibiu gesto grosseiro a apoiadores, indicando que não teme as consequências financeiras impostas pelos EUA.