Quem enviou dinheiro para Bolsonaro? PL lidera com R$ 1,1 milhão em doações suspeitas
Relatório da PF expõe: partido e empresários ligados ao agronegócio e à saúde financiaram o ex-presidente

A Polícia Federal escancara agora quem enviou dinheiro para Bolsonaro — e revela um quadro claro: financiamento claro dos pilares vassalocratas. O relatório da PF, baseado em dados do Coaf, mostra que o PL encabeçou os repasses com R$ 1.111.651,38, num intervalo que vai de março de 2023 a junho de 2025. No primeiro semestre de 2025, só o partido despejou R$ 398 mil.
Atrás dele, sustentando o ex-presidente, aparecem setores emergentes no bolsonarismo: a Onco Star SP (Rede D’Or), com R$ 50 mil; o agronegócio paulista com Rogério Martins Berti, que aportou R$ 34.681,14; José Alves Filho, da farmacêutica Vitamedic (GO), com R$ 19.001; e a varejista de material elétrico Shoppinteligente, de Marcos C. de Oliveira, com R$ 14.132.
A seguir, nomes menos destacados, mas que reforçam o mosaico de aliados: José Luiz Calheiros de Albuquerque, Pedro R. Antunes Freitas e João Bosco Jofre (todos com valores entre R$ 9.938 e R$ 10.138), assim como os empresários Sérgio Cardoso de Almeida Neto e Sérgio Cardoso de Almeida Filho (cada um com R$ 4.900).
Lista dos 10 maiores doadores de 1ᵒ de março de 2023 a 5 de junho de 2025
- PL (Partido de Bolsonaro) – R$ 1.111.651,38
- Onco Star SP (Rede D’Or São Luiz) – R$ 50.000
- Rogério Martins Berti (agronegócio, SP) – R$ 34.681,14
- José Alves Filho (Vitamedic, GO) – R$ 19.001,00
- Marcos C. de Oliveira (Shoppinteligente, SP) – R$ 14.132,00
- José Luiz Calheiros de Albuquerque – R$ 10.138,30
- Pedro R. Antunes Freitas – R$ 9.938,71
- João Bosco Jofre (SP) – R$ 9.001,00
- Sérgio Cardoso de Almeida Neto (imobiliário, SP) – R$ 4.900,00
- Sérgio Cardoso de Almeida Filho (agronegócio, SP) – R$ 4.900,00
Os valores foram organizados a partir dos balanços extraídos do relatório da PF.
A quantia derramou espessa sobre aquela que se propagava como a “campanha independente” do ex‑presidente. E enquanto a base bolsonarista clamava “sem partido”, os cofres falavam o contrário — e a PF traduziu em números. A “vaquinha” pode ter um eco em telegramas coletivos, mas o que pesa ali é grana oficial no tabuleiro da política.