Putin liga para Lula antes de encontro com Trump no Alasca e reforça eixo do BRICS
A conversa de 40 minutos tratou de “esforços de paz” na Ucrânia e de cooperação estratégica; telefonema ocorre às vésperas da reunião Putin–Trump marcada para 15 de agosto, no Alasca.

Putin liga para Lula e não foi um gesto protocolar. Em uma chamada de cerca de 40 minutos, o presidente da Rússia atualizou o brasileiro sobre as conversas em curso com os Estados Unidos e ouviu de Lula a disposição do Brasil em contribuir para uma saída negociada da guerra. Brasília jogando como ator global — e não como coadjuvante. É isso que incomoda os velhos donos do tabuleiro.
O Kremlin reconheceu que o diálogo mirou também a coordenação no BRICS e a parceria estratégica com o Brasil. Nada trivial. Em meio ao cerco midiático ocidental, Moscou sinaliza que não está isolada — e que considera o Brasil peça chave na multipolaridade que avança. Lula, por sua vez, mantém a linha: paz com soberania, sem carteirada imperial.
O timing diz tudo. A ligação acontece a poucos dias do encontro entre Vladimir Putin e Donald Trump, marcado para 15 de agosto, no Alasca, com o tema Ucrânia no centro da mesa. Enquanto Washington tenta impor “soluções” por cima, Lula costura pontes e afirma o papel do Brasil. Diplomacia ativa em tempos de chantagem.
Há também um recado doméstico. O Brasil não cairá na histeria da turma vassalocrata que torce pelo colapso econômico e pelo alinhamento automático aos EUA. O país tem agenda própria: reindustrialização, integração sul-sul e protagonismo no BRICS. Putin liga para Lula e o Planalto responde com política externa profissional — não com live.
Seja qual for o resultado do encontro no Alasca, uma mensagem já ficou clara: o Brasil voltou a falar grosso quando o assunto é paz e soberania. Sem subalternidade. Sem espetáculo. Com estratégia.
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