Partido denuncia manobra jurídica que tenta blindar o deputado e cobra responsabilização por ataques golpistas e fake news

O Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão que arquivou um dos processos que investigam o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por disseminação de fake news e incitação ao golpe de Estado.

A legenda argumenta que o arquivamento representa um grave precedente de impunidade e denuncia o uso político de brechas jurídicas para proteger o filho do ex-presidente. Segundo o PT, há elementos suficientes para manter a investigação aberta, especialmente após novas provas revelarem a atuação direta de Eduardo na mobilização de atos antidemocráticos.

O recurso também aponta que a decisão de arquivar foi tomada sem que todas as diligências solicitadas pela Procuradoria fossem cumpridas, o que, segundo o partido, caracteriza cerceamento da apuração e favorecimento político.

Parlamentares petistas lembram que Eduardo Bolsonaro é um dos principais articuladores da chamada “milícia digital”, estrutura responsável por espalhar desinformação, ameaçar instituições e tentar desacreditar o processo eleitoral brasileiro. “Enquanto o povo enfrenta a crise e busca reconstruir o país, ele continua conspirando contra a democracia”, afirmou um senador próximo à cúpula do PT.

O partido pede que o Supremo reavalie o caso, devolvendo o processo à fase de investigação. A expectativa é de que o relator analise o pedido nas próximas semanas.

Para analistas, a iniciativa do PT é um recado político claro: a era da impunidade bolsonarista está chegando ao fim. A esquerda aposta no fortalecimento institucional do STF e no exemplo dado por Alexandre de Moraes, que segue endurecendo contra a extrema-direita vassalocrata.

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