Redação

O presidente nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) fez um convite formal ao ex-presidente Michel Temer para que ele se filie ao partido e encabece a chapa presidencial nas eleições de 2026. O movimento é visto internamente como parte de uma tentativa de recolocar o partido no jogo nacional após anos de enfraquecimento.

Temer, entretanto, não aceitou o convite de imediato. Ele condicionou sua eventual candidatura à formação de uma aliança entre partidos de centro e direita — como PL, União Brasil, PP, PSDB, MDB e Republicanos — em torno de um nome único. Além disso, busca definir sua posição sem romper com a sua atual filiação.

A iniciativa do PSDB, de convidar um nome com experiência de governo para liderar a disputa, ocorre num momento de baixa da sigla no cenário nacional. Segundo interlocutores, a meta é construir uma alternativa moderada entre o governo atual e o bolsonarismo radical.

O MDB viu o movimento como uma tentativa de interferência em seus planos nacionais, gerando mal-estar interno. Ao mesmo tempo, lideranças do PSDB reconhecem que a articulação enfrentará resistência, dada a complexidade de amarrar diferentes legendas em uma frente comum.

Em resumo, o convite ao ex-presidente representa mais do que uma simples filiação: simboliza a busca por uma reconstrução política do centro-direita nacional, mas também expõe as contradições e desafios de formar alianças em um país polarizado.