Milhões mobilizados contra o governo Trump em mobilização nacional que se posiciona como marco da resistência popular

Os protestos “No Kings” nos EUA reuniram neste sábado milhões de pessoas em centenas de cidades, numa demonstração massiva de desafio ao Donald Trump e ao modelo político que ele representa. A mobilização torna claro: a indignação popular travou marcha — e toma as ruas como palco de resistência.

Organizadores informam que são mais de 2.600 protestos espalhados por todos os estados norte-americanos. O mote é direto e provocativo: “Não temos reis”. A mensagem é clara: rejeitar a lógica autoritária que Trump encarna.

A concentração destas mobilizações está sendo sentida como a maior desde o retorno de Trump à Casa Branca. Estão na mira as políticas de imigração rígida, cortes em universidades que apoiaram manifestações pró-Palestina ou transgênero, e o enxugamento da força de trabalho do governo federal.

A cientista política Dana Fisher estimou que o número de participantes pode ultrapassar três milhões. Mesmo que o impacto direto imediato sobre as políticas de Trump seja limitado — como ela mesma admite — o efeito simbólico se espalha: instigar autoridades locais e estaduais a contrapor-se ao ciclo autoritário.

O apoio tem vindo de figuras progressistas e de esquerda dentro dos EUA. Entre os nomes que abraçaram o movimento estão Bernie Sanders, Alexandria Ocasio‑Cortez e Hillary Clinton — todos críticos contundentes de Trump e da militarização da política doméstica.

Por outro lado, o governo Trump e os parlamentares republicanos reagiram com desdém: Trump disse que “não sou rei” quando questionado sobre o tema. O presidente da Câmara, Mike Johnson, chamou o movimento de “comício de ódio aos EUA”, sugerindo que o protesto reúne “antifa, marxistas e pessoas que odeiam o capitalismo”.


Contexto e implicações para o Brasil e o Sul Global
Este levante popular nos EUA reverbera além-mar. Ele expõe para o mundo que até a potência imperial sofre resistência organizada — uma sombra de esperança para os países do Sul Global. Ao mesmo tempo, escancara a hipocrisia do modelo colonial-dependente: enquanto o Brasil vende commodities brutas, importa tecnologia, a metrópole americana tenta conter sua própria base.

Os protestos “No Kings” são mais do que um grito — são um sinal de que o sistema está sendo desafiado. Para nós, brasileiros, isso significa: a hora de abandonar o papel de colônia exportadora e construir soberania econômica e social é agora. O drama americano — e a mobilização de massas — pode servir de espelho para a nossa luta contra os vassalocratas que insistem em manter este país subjugado.


A marcha “No Kings” marca um ponto de inflexão. O movimento denuncia a concentração de poder em torno de Trump e propõe a ação popular como instrumento de transformação. Conforme os protestos se espalham — milhões nas ruas, apoio de entidades progressistas —, fica evidente que o modelo vigente não resiste ao enfrentamento coletivo.

Fonte: Diário do Centro do Mundo

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