Recuo de Trump e falta de proximidade entre Eduardo Bolsonaro e o presidente americano expõe nova humilhação

O deputado foragido Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos EUA, afirmou publicamente que a famosa Lei Magnitsky seria aplicada nesta sexta-feira (25 de julho de 2025) contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A promessa soou como espetáculo político, mas até o fechamento desta reportagem não se concretizou.

Em entrevista ao programa Oeste com Elas, Eduardo repetiu que Trump ainda teria “armas não usadas” à disposição e que a sanção “talvez até hoje… seja só mais um capítulo dessa novela”. Ele chegou a dizer que o presidente dos EUA não teria esgotado seu arsenal de medidas contra o magistrado.

Apesar das declarações bombásticas, nenhuma nova sanção foi anunciada até o final do dia. O governo dos EUA revogou vistos de Moraes e de outros ministros do STF, mas não avançou com a aplicação da Lei Magnitsky, conforme avaliaram especialistas legais e diplomáticos.

Fontes americanas relatam resistência dentro do Departamento do Tesouro e do OFAC em classificar Moraes como violador de direitos humanos, o principal critério para a aplicação da legislação.

A promessa pública de Eduardo Bolsonaro revelou-se uma armadilha: projetou poder sobre uma decisão que os EUA não deram sinais concretos de estarem dispostos a executar. É possível que Trump tenha recuado ou sido freado por células do governo americano preocupadas com a credibilidade democrática de Washington.

Enquanto isso, no Brasil, Lula reforça que a soberania judicial não será negociada. A falha evidencia que o episódio legislativo bolsonarista — do golaço à própria rede — deixou mais do que um vexame: deixou uma pergunta inquietante sobre o que realmente está em jogo quando diplomacia vira instrumento político.

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