Redação

Nesta quarta-feira (13/8), expira o prazo para que os advogados de Jair Bolsonaro e de outros sete réus — o chamado “núcleo 1” da trama golpista — apresentem suas alegações finais no Supremo Tribunal Federal (STF). Essa é a fase derradeira de manifestação antes do julgamento definitivo da tentativa de golpe de Estado em 2022; após essa etapa, o relator Alexandre de Moraes deverá fechar a instrução e incluir o processo na pauta da Primeira Turma, com julgamento previsto ainda em setembro.

A Procuradoria-Geral da República já protocolou o pedido de condenação, ressaltando a liderança de Bolsonaro e o uso doloso da estrutura estatal para atacar instituições democráticas. A defesa do delator Mauro Cid já se manifestou em julho, pleiteando absolvição ou perdão judicial com base em colaboração.

Agora, cabe aos demais réus apresentarem seus memoriais finais de defesa, sob pena de responderem sem poder se posicionar novamente — e sem poder recorrer de ausência material em seu favor. O julgamento envolverá crimes graves como organização criminosa armada, golpe de estado, abolição violenta do Estado democrático, dano qualificado e atentado à democracia, com penas que podem alcançar mais de 40 anos.

A atenção é total, porque o desfecho reforça que instituições respondem àqueles que desafiam o Estado de Direito — sem tolerância, com toda a força legal que a República requer.