Aliados de Bolsonaro articulam plano desesperado para barrar Jorge Messias no STF
Opositores já mobilizam redes e Senado para desgastar indicação do AGU vista como “quadro ideológico do PT”

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro costuram nos bastidores uma ofensiva para impedir no Senado a eventual nomeação de Jorge Messias (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo reportagem do DCM.
Embora o presidente Lula ainda não tenha anunciado formalmente o nome que sucederá Luís Roberto Barroso, o grupo opositor já elevou Jorge Messias ao centro da mira política. Na visão deles, ele representa “quadro ideológico do PT” e homem de confiança de Lula e Dilma — um alvo fácil para críticas e desconstrução eleitoral.
A estratégia articulada prevê ressuscitar um áudio de 2016 em que a ex-presidente Dilma Rousseff, em conversa com Lula, chama Messias de “Bessias” no contexto de uma nomeação da Casa Civil. O grupo opositor pretende usar esse episódio como munição durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), argumentando que o indicado teria conotações de defesa política.
“É o mais fácil de bater: é só colocar o áudio e dizer que tentou livrar Lula da prisão”, admite um senador ligado à articulação. A expectativa é de que o nome de Messias sofra ataques intensos em redes sociais e no Senado.
Para aprovação no STF, o indicado precisa de ao menos 41 votos no Senado.
No Planalto, entretanto, minimizam a ofensiva. Aliados avaliam que o episódio com Messias já está “superado” e destacam que sua fé evangélica e perfil pessoal podem suavizar críticas mais pesadas.