Governo articula frente diplomática e empresarial para pressionar por negociação e evitar retaliações unilaterais

O governo federal identificou que o presidente dos EUA, Donald Trump, está obcecado com o Brasil e, por isso, busca criar uma frente diplomática e empresarial para enfrentar o “tarifaço” anunciado. A estratégia inclui:

  • Engajamento direto com grandes empresas americanas
    O vice-presidente Geraldo Alckmin reuniu-se com executivos da General Motors, Coca‑Cola, Amazon, Caterpillar, John Deere, J&J MedTech, Cargill, Dow, UPS e outras. O objetivo: aproveitar sua influência nos EUA para pressionar pelo reabertura de negociações comerciais.
  • Mobilização empresarial como trunfo
    Essas empresas manifestaram preocupação com os efeitos econômicos e políticos da tarifa de 50%, defendida por Trump como resposta à condenação de ex-presidente Bolsonaro. O governo acredita que essa mobilização pode ajudar a reverter ou adiar a medida.
  • Ativação de acordo de reciprocidade
    Pela perspectiva do Planalto, Trump exagera ao transformar divergências políticas — como a condenação de Bolsonaro — em litígio comercial. Ao apoiar oficialmente o Brasil, empresas dos EUA reforçam a narrativa de que a tarifa é motivada politicamente e não economicamente.

Essa articulação segue a criação de um comitê interministerial liderado por Alckmin que inclui representantes da indústria e do agronegócio. O objetivo é apresentar uma resposta unificada ao “ataque tarifário”, que, segundo o governo brasileiro, traria prejuízos imediatos a exportadores e consumidores de ambos os países.

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