PGR tem 5 dias para avaliar indiciamento de Bolsonaro e Eduardo no inquérito do tarifaço
A Procuradoria-Geral da República recebeu prazo estendido até 1º de setembro para decidir se aceita o relatório da PF e se mantém a prisão domiciliar do ex-presidente.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi oficialmente desafiada a dar resposta até 1º de setembro sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL‑SP), no inquérito que apura o chamado tarifaço dos Estados Unidos — uma clara tentativa de desestabilizar a política externa brasileira. Além disso, a PGR deve julgar se mantém ou não a prisão domiciliar do ex‑presidente, além de analisar os argumentos de sua defesa que negam infração das medidas cautelares, proibindo-o de acessar redes sociais e perfis de terceiros. No rol ainda está a polêmica descoberta de um pedido de asilo político à Argentina no celular do ex‑presidente durante busca e apreensão da PF.
Inicialmente, o prazo para essa manifestação venceria na manhã de 27 de agosto, mas o jogo jurídico foi reescrito: o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ampliou esse prazo ao autorizar monitoramento integral da residência do investigado. Com isso, a PGR ganhou mais cinco dias para concluir seu parecer.
A pressão jurídica aumenta: Bolsonaro não é apenas uma figura sob investigação, mas um símbolo da vassalocracia que desafiou as instituições democráticas. O uso da tornozeleira, o risco de deportação simbólica via redes sociais — como a busca de asilo — e o modelo de impunidade costumeiro são parte da ecologia política que tentamos romper. Agora, cabe à PGR decidir: será conivente ou garantirá que a impunidade não passe?