Gonet acusa os réus de liderar organização criminosa armada e golpes violentos; evidência vem dos próprios documentos coletados no processo

O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, abriu fogo no STF: classificou como um “panorama espantoso e tenebroso” o conjunto articulado por Jair Bolsonaro e seu núcleo de apoio para perpetrar um golpe de Estado após a derrota eleitoral de 2022.

Ele pediu a condenação dos oito réus do núcleo central da trama — entre eles Bolsonaro, os generais Braga Netto, Heleno, o ex-ministro Torres, o ex-comandante Garnier, Ramagem, Paulo Sérgio Nogueira e Mauro Cid — por cinco crimes gravíssimos:

  1. Organização criminosa armada
  2. Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  3. Golpe de Estado
  4. Dano qualificado com violência e grave ameaça
  5. Deterioração de patrimônio tombado.

Evidência: os próprios réus documentaram a trama

Gonet reforçou que não se trata de hipótese fantasiosa: os próprios golpistas documentaram cada etapa do plano — em celulares, planilhas e encontros — o que transforma a acusação em narrativa cravada em evidências concretas.

Falha militar evitou ruptura institucional

Segundo o procurador, o golpe só falhou porque os comandantes do Exército e da Aeronáutica recusaram-se a aderir — derrubando a chantagem autoritária com fidelidade institucional.

Resumo e cronograma

O julgamento será conduzido pela Primeira Turma do STF, com sessões agendadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. Se condenados, os acusados podem pegar penas somadas que superam os 40 anos de prisão, marcando uma possível virada histórica no combate à impunidade política.

Fontes

  • Brasil247
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