Relatório policial revela artifícios financeiros coordenados entre pai e filho, em que contas de Heloísa Bolsonaro foram usadas como “caixa reserva” para escapar da justiça.

A Polícia Federal identificou fortes indícios de que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro usou a conta bancária de sua esposa, Heloísa, como estratégia para ocultar transferências de seu pai, Jair Bolsonaro, e se proteger de bloqueios judiciais. O relatório aponta que US$ 2 milhões enviados pelo ex-presidente foram parcialmente canalizados por meio dessa conta feminina, configurando tentativa clara de escapar de medidas restritivas.

Além da transferência milionária, houveram outras seis operações que somam R$ 111 mil. O documento ressalta que, dias após o repasse de R$ 2 milhões em 13 de maio, foram feitos depósitos de R$ 50 mil e R$ 150 mil na conta da esposa — manobras vistas pela PF como deliberadas para dissimular o destino dos valores e proteger o patrimônio.

O relatório deixa evidente o padrão de atuação: “Eduardo utilizou a conta bancária de sua esposa como forma de escamotear os valores encaminhados por seu genitor, utilizando como conta de passagem, com a finalidade de evitar possíveis bloqueios em sua própria conta.” A investigação também cita que Jair Bolsonaro teria utilizado esquema parecido com sua esposa Michelle.

O material foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para avaliar a possibilidade de denúncia formal no Supremo Tribunal Federal (STF), aprofundando ainda mais a responsabilização criminal da família.

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