PF apreende celular de Malafaia e pode revelar ligação com militares e campanha bolsonarista
A investigação aponta o pastor como “orientador” de ações de coação para obstruir a Justiça — e isso pode estar nos arquivos do seu celular

A apreensão do celular de Silas Malafaia no Aeroporto do Galeão não foi mera formalidade. A Polícia Federal encontrou, no aparelho do pastor, indícios de conversas com militares e envio antecipado de vídeos virais contra o PT, usados na campanha de 2022 — materiais que teriam chegado a ele antes mesmo de serem compartilhados publicamente. Um claro atestado de ativismo coordenado.
O mandado de busca foi autorizado pelo STF em deliberação no âmbito da PET nº 14129, que investiga aliados dos Bolsonaro. A PGR deu aval em 15 de agosto, com base em indícios de que Malafaia atuou como “orientador e auxiliar” nos esquemas de coação e obstrução envolvendo Eduardo e Jair Bolsonaro.
Agora, a perícia nos dispositivos apreendidos vai cruzar evidências sobre a origem dos vídeos, as formas de envio e a conexão dele com militares — abrindo um possível caminho direto entre a mobilização digital criminosa e quem orquestrou essa estratégia para salvar o golpe de Estado em curso.
Esse episódio expõe a teia política que articula pastor fervoroso, milicianos de toga, propaganda digital e o atraso ideológico. Malafaia ultrapassou o papel de pregador para virar operador político — agora sob o escopo de investigação como simples cúmplice do golpismo vassalocrata.