PF abre processo que pode resultar em expulsão de Eduardo Bolsonaro por traição à pátria
Guilherme Boulos acusa Eduardo de incentivo a sanções e ações hostis contra o Brasil nos EUA; PF acata denúncia e pode demiti-lo do cargo de escrivão

A Polícia Federal confirmou hoje (18/09/2025) que aceitou uma representação formal e instaurou processo disciplinar que poderá, em tese, levar à demissão de Eduardo Bolsonaro do cargo de escrivão, sob acusação de traição à pátria.
A iniciativa partiu do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que denunciou que Eduardo, além de deputado federal licenciado, estaria atuando nos Estados Unidos para incentivar tarifas e sanções contra o Brasil, em conluio com autoridades estrangeiras.
O que está em apuração
- O processo disciplinar investiga se as ações do deputado assustam ou comprometem a soberania nacional ou se configuram ato contrário ao interesse público, considerado pela representação de Boulos como “traição à pátria”.
- Caso confirmado, Eduardo Bolsonaro pode perder o cargo de escrivão, função que ocupava antes de se tornar parlamentar.
- O rito do PAD (Processo Administrativo Disciplinar) será conduzido pela PF, que avaliará as provas e os argumentos de defesa, podendo aplicar sanções previstas em lei.
Reações e implicações
A denúncia intensifica o debate sobre o comportamento de Eduardo Bolsonaro em solo americano, especialmente seu discurso ou pressões que possam configurar interferência ou lobby contra instituições brasileiras.
Setores da oposição já veem o processo como uma chance de responsabilizar agentes políticos que, segundo eles, ultrapassam limites institucionais. Também há quem alerte para riscos de precedentes jurídicos e políticos, reforçando a necessidade de transparência e imparcialidade no PAD.