A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar Jair Bolsonaro por disseminação de fake news e crime contra a honra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O caso mira um conteúdo publicado no canal de WhatsApp atribuído ao ex-presidente que associa Lula ao regime de Bashar al-Assad e a execuções de pessoas LGBTQIA+. PF abre inquérito contra Bolsonaro e leva para a esfera federal mais um capítulo da fábrica de desinformação vassalocrata.

A abertura do procedimento atende a solicitação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, enviada em 7 de julho. Segundo apurações, a PF instaurou a investigação ainda no mês passado e oficializou os trâmites internos; hoje, o caso veio a público.

O material sob análise circulou nas redes de Bolsonaro e, de acordo com a imprensa, foi compartilhado originalmente em janeiro, o que motivou notícia-crime encaminhada ao Ministério Público Federal e, depois, ao Ministério da Justiça. A tipificação indicada é de crimes contra a honra — calúnia, difamação e/ou injúria. Nada de “opinião”: trata-se de imputação falsa para linchar reputações.

Paralelamente, a Polícia Civil do DF também abriu apuração sobre o mesmo conteúdo, o que reforça a gravidade do caso e a necessidade de responsabilização. Em nota, a defesa de Bolsonaro não havia se manifestado até o fechamento deste texto.

Mais que disputa retórica, o inquérito confirma: não há espaço institucional para mentiras que incitem ódio e atacam a dignidade do presidente eleito. A desinformação foi arma política — agora vira prova. PF abre inquérito contra Bolsonaro e o recado é cristalino: quem espalha mentira responde à lei.