Em meio a críticas por exploração em área sensível, estatal propõe plano de mitigação — mas aprovação está nas mãos do órgão ambiental

Petrobras apresentou ao Ibama um projeto no valor de R$ 4,6 milhões voltado à redução dos impactos ambientais de suas atividades na Margem Equatorial, região estratégica da costa brasileira que inclui áreas da Amazônia Azul. O plano aguarda agora a análise e aprovação pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Segundo informações obtidas pela imprensa, o projeto contempla ações de monitoramento marítimo, contenção de risco de vazamentos, reforço de equipamentos de emergência e medidas de proteção de ecossistemas sensíveis. A Petrobras afirma que o investimento “visa garantir compatibilidade entre exploração e preservação ambiental”.

Do lado do Ibama, a exigência de análises adicionais e condicionantes de licenciamento para a região têm se mantido. Já houve outros blocos nessa região em que o órgão exigiu a realização da Avaliação Ambiental da Área Sedimentar (AAAS) antes de permitir perfurações. Em nota, o Ibama ressaltou que “cada projeto será submetido conforme as exigências normativas vigentes”.

Para o Brasil, esse momento não é apenas técnico: é simbólico. Ele expressa o dilema nacional entre buscar desenvolvimento com geração de riqueza e garantir que a riqueza fique no país, com empregos, tecnologia e respeito ao meio ambiente — ou repetir o modelo colonial-exportador que só envia matérias-primas e importa impactos.

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