Pela 1ª vez, Lula da Silva confirma candidatura em 2026 durante viagem à Indonésia
Em visita a Jacarta, presidente anuncia que disputará quarto mandato e mira perfil global para o Brasil

Em pronunciamento em Jacarta, Indonésia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira que disputará um quarto mandato nas eleições presidenciais de 2026. A confirmação foi feita durante uma coletiva ao lado do presidente indonésio, Prabowo Subianto, como parte da missão oficial brasileira no Sudeste Asiático.
Lula afirmou que mantém total disposição para seguir no comando do país. “Vou disputar um quarto mandato no Brasil”, declarou, acrescentando que “vou chegar aos 80 anos com a mesma energia de quando tinha 30”.
No encontro, o presidente também abordou a parceria estratégica entre Brasil e Indonésia, destacando que a relação bilateral se tornará “cada vez mais valorosa”. Ele defendeu um comércio mais livre e justo entre os dois países, combinando crescimento econômico com respeito à soberania dos povos.
Essa foi a primeira vez em que Lula confirmou publicamente sua intenção de concorrer novamente após o mandato atual — até então, havia evitado o anúncio oficial, alegando que a prioridade era preparar o país para o futuro.
A declaração marca o início formal da corrida eleitoral de 2026, colocando o nome de Lula como protagonista desde já. Para analistas políticos, o momento abre espaço para a definição de alianças, embates programáticos e estratégias da oposição, que terá de se posicionar ante o nome anunciado do petista.
O anúncio ocorreu num contexto diplomático mais amplo, durante o foro econômico Brasil-Indonésia — onde o presidente brasileiro buscou ampliar exportações de proteína animal e avançar no fortalecimento do multilateralismo.
Com a confirmação, a campanha de 2026 ganha contornos mais claros: trata-se de uma disputa antecipada em que o presidente já deixa o terreno eleitoral preparado. Resta acompanhar como se alinharão forças políticas no Brasil, o mercado político doméstico e as articulações internacionais que moldarão esse novo ciclo eleitoral.
Fonte: Diário do Centro do Mundo
