Redação

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), revelou nesta sexta-feira (26/9) que o PCC (Primeiro Comando da Capital) opera um grupo interno de elite especializado em ataques contra autoridades.

Segundo Derrite, o núcleo, batizado de “restrita tática”, prepara criminosos com treino em uso de armamentos pesados para executar ações diretas. Ele afirmou que a célula está “por trás” do assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de SP, Ruy Ferraz Fontes, morto em Praia Grande no dia 15 de setembro.

A execução do ex-delegado foi realizada em plena luz do dia. Câmeras de segurança mostram emboscada: o carro da vítima foi seguido, houve perseguição e, logo após, ele foi alvejado com diferentes armas.

Derrite ressaltou que não é possível subestimar esse aparato do crime organizado. “Eles montaram um grupo da organização criminosa chamado ‘restrita tática’. Os indivíduos dessa restrita tática são treinados para realizarem atentados contra autoridades. Eles passam por treinamentos com diversos armamentos”, disse o secretário.

Já há prisões ligadas ao caso. Um dos suspeitos, Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como “Jaguar”, se entregou no dia 20 de setembro e nega participação no homicídio, alegando estar em outro local no momento dos disparos.

Até o momento, quatro pessoas foram presas e quatro seguem foragidas. Entre os presos estão aqueles que teriam envolvimento com logística do crime: quem teria buscado armas, usado imóveis como quartel-general e facilitado fugas.

As autoridades não descartam nenhuma linha de investigação. Uma hipótese considerada é que o crime tenha sido motivado por vingança do PCC: Ferraz era um adversário da facção histórico, já envolvido na transferência de lideranças para presídios federais de segurança máxima.

Fonte: Metrópoles