Parlamentares intensificam uso da Corte de Contas como arma política contra o governo

Parlamentares de oposição elevaram o tom nesta semana ao protocolarem uma série de representações junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), com o claro objetivo de interromper os planos de reeleição do presidente Lula (PT) para 2026. Segundo eles, contratos e gastos do governo estariam sendo usados com finalidade eleitoral — e agora viram alvo de dossiê formal contra o Planalto.

Entre os focos das denúncias está o contrato de quase R$ 500 milhões para a realização da COP30, além de repasses a prefeituras consideradas aliadas, todos sob suspeita de “uso político da máquina pública”. A oposição sustenta que, em ano pré-eleitoral, cada relatório do TCU pode se tornar uma peça de campanha negativa — transformando o tribunal em uma espécie de fiscal eleitoral paralelo.

Em paralelo, deputados e senadores da oposição apresentaram novos pedidos de impeachment contra os ministros Flávio Dino e Alexandre de Moraes, acusados de agir com viés ideológico pró-governo. Os parlamentares alegam que decisões do Supremo têm sido lentas, partidárias e ultrapassam os limites institucionais. Eles também criticam o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), por engavetar os pedidos de afastamento — o que, segundo a oposição, reforça a blindagem à Suprema Corte.

A ofensiva devastadora contra o governo revela a aposta da oposição: transformar o aparato institucional em mecanismo de desgaste. Mas será que esse ataque sistemático ao TCU e ao STF vai frear a ascensão de Lula? E até onde vai a institucionalização do confronto político no Brasil?

Fonte: Gazeta do Povo

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