Deputado federal é criticado pela base por priorizar compromisso familiar em vez de ato bolsonarista

Em primeiro lugar, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL‑MG) optou por ser padrinho de um casamento em Belo Horizonte no mesmo dia do ato bolsonarista realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, no domingo, 29 de junho de 2025 — um contraste que gerou forte reação negativa entre apoiadores, que o acusaram de “trair” a causa.


Os ataques vindos da base

Ao faltar ao evento convocado por Jair Bolsonaro, Nikolas sofreu acusações duras em redes sociais. Comentários como “traidor”, “oportunista” e até comparações ofensivas foram postados por eleitores que esperavam vê-lo presente. A hostilidade mostrou como o bolsonarismo mantém grande expectativa de presença espontânea dos seus quadros parlamentares.


A justificativa do deputado

A assessoria de Nikolas explicou que o desembarque em BH já estava marcado há meses e que Bolsonaro foi informado previamente — justificativa reforçada pelo deputado Paulo Cappelli, que afirmou que Bolsonaro compreendeu a ausência do aliado, considerando seu histórico de participação anterior.


O dilema entre público e estratégia

A decisão de priorizar um compromisso pessoal reforça a tensão entre política espetacular e a intimidade pública. Ao optar por não participar, Nikolas colocou em xeque sua imagem de militante ativo, enquanto seus seguidores exigem lealdade quase incondicional aos atos coordenados pela campanha.


O significado político da ausência

  • Risco de desgaste interno: apoiadores interpretam a ausência como abandono ideológico.
  • Fragilidade da fidelidade: se até Nikolas falha em ato, isso pode influenciar motivação de outros ativistas.
  • Teto de sacrifício eleitoral: o episódio sinaliza que a militância exige presença constante para validar influência pública.

Conclusão

A escolha de Nikolas Ferreira por ser padrinho em vez de discursar na Paulista acendeu uma tensão entre prioridade familiar e compromisso político. A reação dura da base revela que, em tempos de mobilização intensa, cada gesto é interpretado como postura estratégica ou traição — e Nikolas acabou ficando no meio dessa encruzilhada.


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1 comentário em “Bolsonaristas acusam Nikolas Ferreira de “traição” após faltar ao ato na Paulista para ser padrinho de casamento

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