Nikolas Ferreira e Bruno Engler viram réus por espalhar desinformação e afronta eleitoral
Justiça Eleitoral de Minas Gerais acata denúncia por fake news contra ex-prefeito e avisa: racha da direita pode custar direitos políticos.

A Justiça Eleitoral de Minas Gerais determinou que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) — junto com outras duas aliadas — se tornaram oficialmente réus por disseminação de informações falsas contra o ex-prefeito de Belo Horizonte Fuad Noman (PSD) durante o segundo turno da eleição municipal de 2024. A decisão foi publicada em 25 de julho de 2025, com base em denúncia do Ministério Público Eleitoral local.
A peça acusatória aponta que o grupo utilizou trechos do livro literário Cobiça, de autoria de Fuad Noman, para associá-lo falsamente a práticas de exposição de crianças a conteúdo impróprio — um método desonesto de desqualificar o candidato e gerar vantagem eleitoral para Engler, seu concorrente no segundo turno.
A decisão judicial alerta para as consequências legais severas: em caso de condenação pelo tribunal colegiado, os réus poderão perder os direitos políticos e até se tornarem inelegíveis, além de terem que indenizar moralmente por danos causados.
⚖️ O que diz a denúncia:
- Uso estratégico de descontextualização para influenciar o voto;
- Alegação de “pornografia” e teor explicitamente ofensivo;
- Objetivo explícito: angariar vantagem eleitoral para o deputado Bruno Engler.
Reação dos acusados
Nikolas Ferreira respondeu à acusação através de redes sociais, afirmando que se trata de “perseguição política” e alegando que denunciou um livro pornográfico. Já Bruno Engler criticou a ação como “absurda”, negando irregularidades.