Deputado bolsonarista tenta transformar indireta em ofensa pessoal, enquanto o que realmente importa — as fake news sobre o Pix que facilitaram a lavagem de dinheiro do PCC — fica em segundo plano.

Nikolas ameaça processar Lula por ataque que não existiu

Em mais um capítulo tragicômico da política bolsonarista, Nikolas ameaça processar Lula por uma fala em que o presidente sequer citou o seu nome. Lula criticou o uso de fake news para sabotar a fiscalização do Pix, destacando que tal discurso acabou ajudando o crime organizado. Mas, sem ser mencionado, Nikolas correu para se colocar como protagonista — o clássico papel de vítima fabricada.

Fake news sobre o Pix: presente para o crime organizado

Enquanto Nikolas transforma indiretas em novela judicial, o fato concreto permanece: as mentiras sobre o Pix, amplamente difundidas pela extrema-direita, facilitaram esquemas de lavagem de dinheiro do PCC. A Receita Federal já apontou que a desinformação criou brechas usadas por criminosos para movimentar bilhões sem fiscalização. Ou seja, Nikolas ameaça processar Lula, mas finge não ver que sua própria retórica fortaleceu o crime organizado.

O teatro da vitimização na extrema-direita

Ao reagir a uma fala que sequer o mencionava, Nikolas mostra como a extrema-direita atua: primeiro espalha fake news; depois, quando confrontada, corre para posar de vítima da “ditadura”. Esse roteiro é antigo, mas ainda rende likes nas redes e aplausos da bolha bolsonarista. O problema é que, enquanto ele encena, os danos reais da desinformação corroem o país.

Justiça como palco de propaganda

Mais do que buscar reparação, o processo anunciado por Nikolas soa como marketing político. Em vez de responder sobre seu papel na propagação de mentiras sobre o Pix, ele tenta inverter a lógica e acusar o presidente de perseguição. É a mesma tática de sempre: transformar a Justiça em palanque para discurso vazio, ao invés de espaço para resolver crimes de verdade.

Conclusão: foco no teatro, não no crime

No fim, a história diz mais sobre Nikolas do que sobre Lula. O presidente não o citou, mas o deputado se identificou e correu para os holofotes. Enquanto isso, o que realmente deveria ser debatido — o uso criminoso das fake news como ferramenta de lavagem de dinheiro — fica em segundo plano. Não é coincidência: para a extrema-direita, mais importante do que enfrentar o crime é continuar lucrando politicamente com a desinformação.

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.