Eduardo Bolsonaro ameaça: “Não haverá eleições em 2026” e diz que Brasil vira “Venezuela” se não ceder a Trump
Declarando fidelidade a Trump, Eduardo Bolsonaro condiciona o calendário eleitoral brasileiro a pressões externas, evocando caos como na Venezuela.

Durante entrevista à CNN Brasil na sexta-feira, 18 de julho de 2025, o deputado federal cassado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez declarações com tom alarmista e golpista, reafirmando seu alinhamento com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e lançando ameaças contra as instituições democráticas brasileiras.
“Não haverá eleições em 2026”
Eduardo afirmou que não está preocupado com a eleição de 2026, pois, segundo ele, se Brasília não resolver “nos próximos meses ou semanas essa crise institucional”, “não haverá eleições em 2026”.Ele ressaltou ainda que pretende ir para o tudo ou nada: “É 100% vitória ou 100% derrota. Se nós sairmos vitoriosos a gente recupera essa popularidade em um ou dois dias”.
“Brasil será mergulhado no caos”
Na mesma entrevista, Eduardo advertiu que se o Brasil não cumprir as exigências de Trump — iniciadas com a sobretaxa de 50 % nos produtos brasileiros — “será mergulhado no caos e terá um tratamento semelhante ou igual à Venezuela”.
Ele reforçou que “ninguém bate de frente com o Trump, não será Moraes que conseguirá fazer esse feito”.
Contexto institucional e diplomático
- A fala do deputado chega logo após o ministro Alexandre de Moraes do STF autorizar mandados de busca contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo medidas como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de contato com investigados, incluindo o próprio Eduardo.
- O parlamentar encontra-se nos Estados Unidos desde fevereiro, tentando articular apoio político e pressão de Trump, inclusive via sanções ao STF — ambicionando favorecer a candidatura de seu pai em 2026.
Consequências e reações
- A ameaça de suspender eleições em 2026 representa um ataque direto ao Estado de Direito e à separação de poderes, sinalizando risco à democracia.
- A comparação com a Venezuela, país atingido por crise econômica e institucional, busca justificar as pressões externas como “solução” — estratégia típica de retórica populista.
- A escalada diplomática com os EUA, incentivada pelo deputado, tensiona ainda mais as relações internacionais e fragiliza a soberania brasileira.
- Internamente, a postura encobre uma tentativa de intimidar o Judiciário e atropelar a Constituição, apontando para um futuro de instabilidade institucional.
Resumo crítico
A iniciativa de Eduardo Bolsonaro expressa um golpe político dentro do próprio país, articulado com intervenções externas — especialmente dos EUA. Ao ameaçar o calendário democrático de 2026 e condicionar a estabilidade nacional a interesses estrangeiros, ele narra um enredo que representa perigo real à democracia.
O Supremo, por meio de Moraes, já reagiu impondo limites, mas a ofensiva diplomático-golpista segue, talvez precedendo tentativas de ruptura do processo eleitoral e institucional.