Redação

O Ministério Público do Trabalho da Paraíba pediu à Justiça o bloqueio de R$ 20 milhões em bens de Hytalo Santos e do marido Israel Nata Vicente. A decisão visa garantir futura reparação às vítimas e garantir indenização por dano moral coletivo. Entre os bens listados estão cinco carros de luxo, empresas no nome do casal e outros ativos valiosos, configurando uma tentativa de impedir dissipação patrimonial dos investigados.

Ambos estão detidos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, São Paulo, e respondem a acusações graves: exploração sexual infantil, tráfico humano e uso de menores em conteúdo impróprio nas redes sociais. A prisão preventiva, decretada após audiência de custódia em Carapicuíba, foi mantida, mesmo com o habeas corpus já negado.

A investigação foi impulsionada pela divulgação de vídeos por Felca, jovem youtuber que denunciou a “adultização” precoce na internet e expôs a rede envolvendo Hytalo e menores como Kamylinha Santos — o que levou à exclusão de perfis, retirada de monetização e proibição de contato com menores.

A defesa do casal contesta as acusações, argumentando que a viagem que culminou na prisão foi feita de avião, e que não houve tentativa de evasão ou ocultação de patrimônio — entretanto, os dados sobre “blindagem, movimentação atípica e ocultação de bens” indicam uma tentativa institucional de resposta à escalada de impunidade digital.