Autoridades italianas afirmam que alegações da deputada bolsonarista são infundadas e confirmam legalidade do processo de extradição

O Ministério Público da Itália rejeitou oficialmente a narrativa de que a deputada Carla Zambelli seria alvo de “perseguição política” no Brasil. A conclusão desmonta a principal linha de defesa da bolsonarista, que tenta evitar a extradição com base em suposta perseguição judicial promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o parecer, o MP italiano considerou “infundada e sem qualquer respaldo jurídico” a tese apresentada por seus advogados. O documento afirma que não há indícios de parcialidade nem de abuso de poder por parte da Justiça brasileira, reconhecendo a legitimidade do STF e a gravidade dos crimes pelos quais Zambelli é investigada — incluindo tentativa de obstrução de Justiça, formação de organização criminosa digital e incitação ao golpe.

A decisão representa uma derrota devastadora para a extrema-direita vassalocrata, que vinha tentando internacionalizar a narrativa de que o Brasil vive um regime de exceção. Para os procuradores italianos, o que existe é um Estado democrático que julga, com base na lei, quem tentou subverter a ordem constitucional.

Zambelli, que fugiu do país após a cassação de seu mandato, vinha se apresentando à imprensa europeia como “exilada política”. Agora, com o parecer negativo, seu retorno compulsório ao Brasil se torna questão de tempo. O próximo passo será o julgamento da extradição, que tende a confirmar a devolução da parlamentar às autoridades brasileiras.

Nos bastidores de Brasília, o clima é de alívio entre parlamentares progressistas. O parecer italiano desmoraliza a estratégia internacional de vitimização bolsonarista e reforça a imagem do STF e das instituições brasileiras perante o cenário global.

Enquanto isso, aliados de Zambelli evitam declarações públicas — e o bolsonarismo perde mais um pilar de sustentação narrativa diante da Justiça e da opinião pública internacional.

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